Contatos Imediatos De Terceiro Grau

História verídica:

“…… Tudo começou quando meu pai, ( já falecido) pediu-me para levá-lo até a um lago situado nas serras de Caraguatatuba, num certo domingo… No lago, o velho ajeitou um caniço e foi procurar uns peixinhos, enquanto eu comecei a andar pelos lugares que era muito bonito! Fui até a uma enorme cascata a uma distância de uns quinhentos metros de onde meu pai estava. Naquele lugar, tudo era estranho.Os pássaros ali não cantavam, não se ouvia um barulho sequer, a não ser o da cascata.Deu-me a impressão que alguém me observava de longe, mas não dei bola e fiquei olhando aquela beleza que estava diante de mim. Retornei onde papai estava e ele exclamou:

– Onde foi você com este Sol escaldante?

– Ora , fui por aí – respondi..

Depois, procurei colocá-lo a par do que aconteceu, onde eu estava e ele então me disse:

– Amanhã você me leva lá, ok?

Na segunda-feira cedo levei papai para visitar aquele lugar. E lá, o velho, depois de andar um pouco, parou e disse:

– Vamos cair fora, filho, isto aqui é assombrado!…

– Espera aí, velho, você me disse que isto não existe!

– É filho, mas eu retiro o que disse e vamos embora.

Voltamos depois de um mês e meu pai escolheu outro lugar para ficar acampado.

Olha amigos, não sei o que houve comigo, pois eu tinha uma ideia fixa em voltar lá na cascata.
Não deu outra, acabei indo com um colega meu… resolvi ir com ele ao dito lugar, mas não lhe disse do que se tratava para não deixar o rapaz assustado! Eu estava movido pela curiosidade e queria ver a reação do colega! Depois de andar por lá ele me disse:

– Você não notou nada aqui?

Fiquei vermelho como um tomate…

Então, papai estava certo sobre a assombração do lugar?…

Tentei ignorar o fato e disse ao meu colega:

– Deve ser o clima!!!…

E ele retrucou, dizendo:

– Alguém, ou algo nos observa!…

Fiquei gelado, e as pernas começaram a tremer… Meu pelo se arrepiou quando ouvimos um zumbido que mais parecia com milhões de abelhas voando! Corremos para o carro e de lá saímos a quase cem quilômetros horários, em uma estrada que normalmente se anda só em primeira e segunda marcha, mas, naquele momento …ufa!!! É, vocês podem rir mas foi este o segundo contato que eu tive… Daquele dia em diante comecei a ver coisas diferentes…Coisas que eu nunca tinha visto antes. Se estou no quintal, só, alguém me observa, se estou no campo é a mesma coisa. Amigos, será que eu estou ficando louco?

O terceiro contato direto:

Engraçado, estou lhes escrevendo e uma dor de cabeça acompanha-me. Mas, estou contente, pois estou desabafando estes dois anos de uma vontade louca de voltar lá e isto deve-se ao fato de setembro se aproximar e esta ideia fixa em meu pensamento: “Volte lá…Volte lá…Volte lá…”

Bom, vocês já estão interessados no desfecho desta aventura que eu estou considerando maluca, não é? No dia vinte e hum de outubro de 1979, eu e papai fomos pescar no lago e lá fizemos acampamento e aproveitei para colher lenha seca, pois o tempo se preparava para aquele toró .E que chuva!!! Foi questão de umas três horas de aguaceiro… Depois a noite ficou silenciosa e recordo-me bem quando eu olhei as horas: 1h35 da madrugada…Ajeitei os galhos secos e fiz aquela fogueira, pois o ar da manhã nas serras é muito frio… Acordei o velho e lhe disse:

– Pai, aproveita a noite para pescar.

– A chuva já parou? Ele me perguntou.

–Claro! – exclamei! Já tem fogo aceso e o café está quase pronto.

Foi quando ouvimos um barulho como o passar do dedo em um gargalo de um copo de cristal… Suave era o som, mas entrava nos ouvidos como um zumbido… Saí para fora da barraca, olhei para os lados e não vi nada! Entrei novamente e servi café ao meu velho.

– Que foi? disse-me ele .

– Sei lá – retruquei.

Juntos saímos e fomos pescar e de onde estávamos a água ficava uns dez metros abaixo de nós…

Foi quando papai exclamou admirado!

– Nossa, a Lua hoje está vermelha como fogo!!!

Eu olhei a Lua e ela estava branca…

– Ora, papai, a Lua está branca…

– Mas ela está vermelha, filho!

– Papai, aonde o Sr. está vendo esta Lua?

– Ora, filho aqui atrás de nós!

– Mas a Lua está à nossa frente, olha ela lá!!!

Papai olhou e perdeu a fala e começou a gaguejar… E então, sorrindo e achando o velho engraçado, voltei-me para trás… Meus olhos se arregalaram…Nossa, estava lá a uns duzentos metros acima de nossas cabeças e seu tamanho era equivalente a um prédio de dez andares !
Sem dizer nada voltamos à barraca e ficamos junto à fogueira e aquele não sei lá o quê, ficou junto a nós… Era algo maravilhoso  ao nosso olhar…Fiquei estarrecido, e comecei a rezar…Foi fantástico, algo fora do comum…

Ficamos mudos, quietos, esperando que aquilo fosse embora, quando de repente surgiram criaturas que eu até hoje não sei explicar...Posso adiantar que vieram voando e pousaram diante de nós… Na mão eu tinha um refletor a carbureto, igual a um farol de caminhão que sempre uso quando estou à noite no barranco do rio…

As criaturas tinham aproximadamente um metro de altura e seus olhos brilhavam como diamantes…Não cheguei mais perto porque minhas pernas estavam cravadas no chão, como que por encanto…

Eles nos observavam, movidos pela curiosidade do meu possante farol…Depois de uns vinte ou trinta minutos sumiram diante do meu olhar…

O objeto também se deslocou em direção ao nascer do Sol… Tudo voltou ao normal e papai então me disse:

– Não conta para ninguém para não se expor ao ridículo! … “

OBS.:

Este é um relato sobre contatos imediatos de terceiro grau que recebi através de carta, de uma pessoa cujo nome é Laércio Laudir, quando eu morava em Porto Feliz, SP, no ano de 1981.