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Dia 8 de março, dia da mulher

Helenice Rodrigues

Como vagas do mar revolto,

Elas vêm e vão na humanidade…

Positivas e eletrizantes ondas,

 Aos poucos se agigantando…sonham

Alcançar, além da incerteza, praias,

Tragando dúvidas em brancas espumas!

           Criaram no mundo agitado,

           Com grande sensibilidade,

           Pacíficas condições de vida,

           Semeando em áridos solos…

           Como grandes meteoros surgiram,

           Riscando o céu, explodindo!

Para alguns povos sem rumo,

Na história da humanidade,

Novos prumos propiciaram,

Problemas mundiais enfrentaram…

São eternamente lembradas!

         E essas outras mulheres?

         Algumas, doces e submissas,

         Enfrentando a desigualdade,

         Sua missão cumpriram!

       

Antologia editada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher

Página 41 – Helenice Rodrigues

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Gênese da arte

“Quem tem algo de substancial para dizer, usa a forma mais simples”…

 POESIA

Forma não tanto, conteúdo é preciso! Suprema expressão da alma no mundo… Desvendar, ah, se eu pudesse, mistérios guardados a sete chaves, no baú do infinito!

Só quem tem amor consegue penetrar os seus segredos.Estilo puro e singelo, expõe o que há de mais belo… Enquanto a arte medíocre grassa na terra e caminha, sem leme, perdida nas trevas, semeando o desamor…

Mascarando pensamentos, encontra-se o vácuo somente! Na vida, se deve insistir, nas coisas que tem valor…Do alto um raio de luz, na alma do artista incide, aguardando o momento bendito, de entrar em sintonia…

Maturar e esperar, por algo que nem sabemos! E na arte desaguamos, como o rio no oceano… A recompensa faz parte, da humanidade sedenta, cansada da violência, busca a paz na expressão…

Realize, seja humilde, seguindo o farol que ilumina, a direção dos que singram, correntes de pensamentos…Trazem tesouros dos céus; são frutos do cacho maduro, e numa fração de segundos caem na terra e fecundam!

Nasce a arte! Faz conhecer, alimenta e engrandece! Elo criador e criatura também é uma oração… Arte simples, pura síntese! Envolve as almas e lança, no vórtice das paixões mais altas, unindo o que há de mais belo, à arte do amor eterno!

Canção da Criação

1ª parte :  (Livro Hindu: Rigveda, 1700 anos A.C.)

Não havia, ainda, nem o não-ser, nem o ser.

Não havia nem atmosfera, nem o céu por cima.

O que passava para cá e para lá?

Onde?

Sob a guarda de quem?

O que era o inescrutável?…

Nem morte, nem imortalidade havia então.

Não existia sinal de dia e noite.

Respirava segundo sua própria lei

Sem sopro de vento, esse UM.

Qualquer outra coisa, senão essa, não existia.

No começo a treva se ocultava na treva…

O elemento vital, circundado pelo vazio…

O UM nasceu pelo poder de seu ardente afã…

Pois havia um abaixo,

havia um acima?…

Quem sabe ao certo?

Quem pode aqui anunciá-lo,

de onde se formou,

de onde veio esta Criação?

2ª parte – de nossa autoria: Via Lactea

Nasceu como um ponto luminoso,

Que irmão de milhares de outros pontos

Suas firmes trajetórias iniciaram…

Sob as leis do pai o movimento,

Obedecendo à mãe, a gravidade,

Puseram-se a girar… a girar vertiginosamente

Formando imensas espirais…

As espirais foram-se expandindo,

Em anos- luz distanciando-se

Explodindo milhares de outros mundos,

Com a nossa Terra ocupando apenas,

Um cantinho desse gigantesco disco!

E…

No show do Cosmos... vê-se o desfile dos astros

que à distância- luz daqui, minha alma eterna contempla!

As estrelas brincam entre as nebulosas perdidas,

Formando o retrato de Deus, enquanto deslizo no azul,

De braços abertos saudando, as obras da Criação!

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Jundiaí, 25 de maio de 2012

Declamação  no  Sarau do Solar do Barão em Jundiaí, quando fazíamos parte da Comissão Municipal de Literatura.